Construí nesses dias pandêmicos uma churrasqueira em homenagem à Torre de Pisa!
Fiz o primeiro churrasquinho com legumes, pouca carne, quase nenhuma – foi numa segunda-feira (sem carne).
Grelhados em geral e nesse caso vegetais e legumes na brasa ganham aromas e sabores defumados a minha sugestão foi optar por vinhos tintos sem barrica ou com pouca passagem por madeira, que mostram mais a fruta! Por que, se completam, quando se harmonizam esses aromas e sabores ganhamos mais complexidade e riqueza ao paladar.
Cuidado! Vinhos com taninos muito presentes e com aromas defumados em excesso podem trazer a sensação de amargor ao paladar.
Escolhi para brincar com fogo os vinhos com uva Gamay, a rainha de Beaujolais na França, ela brilha distinta e cheia de personalidade em seus diferentes Crus.
E por aqui ela anda brilhando também!
As características da Gamay, para quem ainda não conhece, dão vinhos com aromas de frutos vermelhos, frescos, bem glou-glou que são fáceis de beber! E podem até dar vinhos mais encorpados e mais carnudos.
Temos sim, ótimos exemplares produzidos aqui no Brasil com a uva Gaméhhh!
Provei dois vinhos da Vanessa K Medin, produtora gaúcha, de vinhos naturais (natureba).
Este eu já conhecia e é um espetáculo!
Doce Liberdade safra 2019 – Gamay – leve cor, rubi brilhante, aromas complexos, são florais e frutos com caroço, cereja, framboesas que evoluem em volta de especiarias e sutis balsâmicos. Aquela acidez que dá água na boca, taninos finos, mineral, o equilíbrio e a doce liberdade que ganha com o início da maturidade!
E o segundo, foi feroz!
Instinto Selvagem safra 2020 – Gamay – cor, rubi intenso, já pela cor notasse a ótima concentração, aromas poderosos de frutas escuras, complexidade, sutil empireumático, bela estrutura, sanguíneo, carnudo e ardido, taninos presentes equilibrados por uma acidez viva!
De quais Crus de Beaujolais seriam esses Gamays? Morgon!? Juliénas!??